Robert Levitt pode não ter se transferido para França há 16 anos para desenvolver um nicho de se especializar em trabalhar com cidadãos americanos residindo no exterior, mas parece ter sido uma jogada inteligente, já que ele está lá.
Levitt, com 62 anos, abandonou sua residência em Boca Raton, Flórida, durante a crise financeira para instalar uma filial da Levitt Capital Management na Costa Azul, nas proximidades de Nice.
Passando sete anos de sua vida entre a Europa e a Ásia, ele encerrou sua empresa de consultoria em 2014 e prosseguiu com seus estudos a fim de obter o título de Doutor em História Medieval.
Há dois anos, Levitt foi atraído para o campo de gestão de riqueza por causa da necessidade de conselhos financeiros direcionados para americanos com dupla cidadania residentes na França.
Ele destacou que havia 250.000 cidadãos norte-americanos que residiam na França e que não existiam conselheiros financeiros para lidar com eles, acrescentando “Que oportunidade!”.
Concluindo, a revitalização da Levitt Capital Management, que se encontra a aproximadamente 30 milhas da fronteira com a Itália.
Levitt, que adquiriu fluência no francês durante seu tempo de permanência na França, declarou que levou quase um ano para concluir as burocracias necessárias para abrir uma empresa de planejamento financeiro naquele país.
Conforme ele menciona, a probabilidade de haver tantas diferenças quanto semelhanças entre os setores de serviços financeiros da França e os dos Estados Unidos é grande. Essas características peculiares são o que abre oportunidades para o desenvolvimento de nichos de mercado.
Ele relatou que, ao longo dos anos, ele tem sido testemunha de americanos que vivem na Europa enfrentando problemas devido às leis nos Estados Unidos que foram criadas para prender pessoas suspeitas de estar escondendo dinheiro. Ele disse que quando ele originalmente pensou em entrar para uma empresa como conselheiro, percebeu que havia barreiras regulatórias que dificultavam o processo.
Levitt criou uma abertura na lei fiscal dos Estados Unidos e nas regulamentações europeias para permitir que os americanos e os europeus comprassem e vendessem produtos de investimento uns aos outros.
Levitt supervisionava mais de US$ 550 milhões em bens de clientes ao abrir sua filial na França em 2007, e afirmou que a estrutura de negócios consultiva naquela nação não se assemelha à de uma RIA nos Estados Unidos.
Por exemplo, ao afirmar que o surgimento de planos de aposentadoria de contribuição definida gerou um ambiente mais sofisticado para os investidores nos Estados Unidos, ele comentou que, na França, os assessores não tomam decisões sobre portfólios e que todos os investimentos devem ser feitos pelos clientes.
Levitt prevê tirar vantagem da rede de americanos que residem na França para alavancar o seu negócio e marketing.
“O número de americanos na França é bastante limitado, e como resultado, os americanos ali tendem a se conhecer”, declarou. “Há alguns CPA dos Estados Unidos que fazem a declaração de impostos dos cidadãos dos EUA que vivem ali, e isso cria uma ótima oportunidade de negócios. Além disso, eu dou palestras para grupos como Democratas no Exterior e outras associações americanas.”
Em certos aspectos, Levitt encontra-se servindo expatriados na França, voltando ao estágio de negócio de consultoria independente nos Estados Unidos na década de 1990, antes do excesso que resultou nas grandes corporações de consultoria adquirindo empresas ainda maiores.
Levit afirmou que, desde uma perspectiva de nicho, ele escolheu um mercado relativamente grande e desatendido que se tornou muito complexo para aqueles que tentam administrá-lo por conta própria. Devido à nova legislação nos Estados Unidos, que tornou a navegação do sistema cada vez mais difícil, muitos conselheiros financeiros deixaram o mercado. Ainda, a regulamentação da Europa complicou ainda mais a procura de produtos de investimento. Levit explicou que, com seus anos de experiência como consultor de investimento, conhecimento da língua francesa e habilidade de criar algo que ainda não existia, ele entrou nesse mercado.