Nas terças-feiras, as autoridades norte-americanas divulgaram que acusaram nove pessoas de participarem de um esquema de comércio internacional, que deu um lucro ilegal de mais de cem milhões de dólares.
Casos federais foram arquivados em Nova Jersey e Brooklyn. Um procedimento paralelo foi iniciado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. Autoridades afirmam que, ao longo de um período de cinco anos, os comerciantes trabalharam em conjunto com hackers do exterior para penetrar os servidores do PRNewswire, Marketwired e Business Wire, utilizando-os como meio de obterem acesso a comunicados de imprensa e informações de lucros antes do seu anúncio ao público.
O governo afirma que, usando essas informações, os negociantes foram capazes de desenvolver o seu comércio e ganhar de acordo. Os dados inseridos também sugerem que os vendedores compartilharam seus ganhos com os invasores.
As organizações em foco incluem Panera Bread, Hewlett-Packard, Oracle e Bank of America.
A Presidente da Comissão, Mary Jo White, destacou que esse caso é inédito, levando em conta seu alcance, o número de participantes, os títulos transacionados de maneira ilegal e o montante de ganhos obtidos.
Invadindo os sistemas de transmissão de informações
Apesar de as transações de insider trading não serem algo novo, os traders têm adotado uma nova estratégia para obter informações privilegiadas, manipulando sites de notícias para descobrir dados antes de sua divulgação.
Em uma reunião feita por várias agências, as autoridades comentaram que os hackers frequentemente empregam o recurso de phishing como forma de ter acesso a anúncios de imprensa e relatórios de lucro.
Os comerciantes forneceram aos hackers uma lista de documentos e empresas para eles selecionarem. Uma vez que a informação foi obtida – que poderia ser algumas horas antes dela ser tornar pública – os comerciantes investiriam e lucrariam com isso.
Em um comunicado enviado por e-mail para o Bloomberg, a Business Wire informou que está trabalhando em conjunto com o Departamento de Justiça e que contratou especialistas em segurança para efetuar exames forenses extras nos sistemas da empresa e para garantir que a rede do Business Wire esteja completamente funcional e protegida.
Durante a conferência de imprensa, as autoridades mudaram o foco da conversa para o maior delito que estava em questão, e eles discutiram as práticas de segurança usadas por empresas de comunicação e seus funcionários.
O Procurador dos Estados Unidos de New Jersey, Paul Fishman, aconselhou às organizações que essa situação seja uma indicação de que seus sistemas de computadores são passíveis de falhas. Além disso, Fishman pediu que os empregadores e seus trabalhadores mantenham a atenção sobre as informações que possuem.
Atirar a um objetivo em movimento é mais complicado do que aquele que está parado.
O grande desafio para as autoridades foi encontrar e listar os comércios para serem hackeados. Durante a conferência de imprensa, as autoridades revelaram que os investigadores “confirmaram literalmente milhões de comércios”.
Na conferência de imprensa, foi revelado que vídeos foram usados para atrair negociadores e lhes ensinar como obter dados privilegiados.
Fishman classificou os hackers como “sem habilidade e persistentes”, notando que eles estavam prontos para aguardar o momento adequado para se infiltrar nas companhias para voltar a ter acesso a vários sistemas.
A ação penal que foi iniciada na terça-feira tem suas raízes em uma investigação que começou há mais de dois anos, quando o FBI foi alertado pela Comissão de Valores Mobiliários sobre algumas transações suspeitas por vários dos acusados.
Código: Comp-PR2015-163
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