Aproximadamente um mês depois do lançamento de um recurso digital para investimentos alternativos, a iCapital anunciou uma nova ferramenta para auxiliar os conselheiros a incorporar alts e produtos estruturados às carteiras de seus clientes.
Na quarta-feira, a empresa fintech, que administra US$ 59 bilhões em ativos globais de clientes e é amplamente usada por mais de 100.000 assessores financeiros, divulgou o lançamento público do Architect, um software de construção de portfólio para consultores. Arquiteto fornece desempenho histórico e análise de risco para demonstrar aos conselheiros como os alternativos podem ser combinados com classes de ativos tradicionais e resultados de impacto para os clientes.
Enquanto a administração do portfólio é um ramo lotado do ecossistema de assessoria fintech, muitos dos principais produtos não conseguem incorporar alternativas adequadamente, segundo o presidente e CEO da iCapital, Lawrence Calcano, afirmou.
Calcano declarou que os consultores há muito tempo têm proclamado a necessidade de instrumentos mais amplos para avaliar eficientemente a inclusão de opções e investimentos estruturados nas carteiras dos clientes.
Apesar de a Architect ser capaz de incluir “ativos convencionais” e alternativas, a iCapital não está necessariamente procurando substituir os sistemas de gestão de portfólio existentes que já usam, disse Jason Broder, diretor da iCapital Solutions. O Architect estará disponível no lançamento no ambiente digital da iCapital para consultores e a empresa planeja integrá-lo com os sistemas de gestão de portfólio populares, geração de propostas e ferramentas de relatórios.
O Arquiteto está fornecendo informações para a ferramenta de geração de propostas da Envestnet, de acordo com o que Broder contou a InvestmentNews.
Nosso objetivo é trabalhar em estreita parceria com outras grandes plataformas, explicou ele. Não queremos obrigar os conselheiros a alterar toda a sua rotina de trabalho ou ir para algo diferente, a não ser que sejam eles quem desejem.
A corporação não informou o valor ao conselheiro para se conectar ao Arquiteto. O preço dependerá do método do conselheiro para conseguir a ferramenta e o serviço desejado, segundo um porta-voz da organização.
Esperança é o mentor que recruta consultores financeiros autônomos para começar a cogitar soluções e investimentos organizados como uma peça importante de suas carteiras, ao invés de um elemento secundário, observou Broder.
A finalidade da ferramenta é usar informação e estudos para auxiliar um assessor financeiro a compreender se a inclusão de uma opção é melhor ou pior para se adequar às metas de investimento de um consumidor, explicou.
Desde sua fundação em 2013, a iCapital amealhou um valor de US$ 729 milhões, sendo avaliada em US$ 10 bilhões pela Crunchbase. Oferecendo acesso a milhares de fundos de diferentes fornecedores, a empresa tem como foco tornar seu ecossistema mais intuitivo até 2023.
Broder informou que o Arquiteto, que tem sido desenvolvido por dois anos, está atualmente em um teste beta com 200 conselheiros. Ele está trabalhando em parceria com a Marketplace, a plataforma digital iCapital anunciou em junho que integra os diferentes fornecedores de investimentos alternativos em um único local.
Dick Pfister, CEO da AlphaCore, uma empresa de La Jolla, Califórnia, com US$ 2,4 bilhões em ativos sob gestão, afirmou que a ferramenta Architect é extremamente útil para seus consultores para ajudar na análise e explicação de como a incorporação de estratégias alternativas pode diversificar e aprimorar carteiras de clientes. Ele acrescentou que a capacidade de visualizar o retorno potencial e testar o risco/recompensa de adicionar ativos alternativos únicos é um dos principais diferenciais.
Os aconselhadores estão transferindo cada vez mais ativos para escolhas alternativas. Dados fornecidos pela Advyzon mostram que a média de alocação em ações caiu de 60,1% em 2021 para 53,7% em 2022, enquanto a alocação para alternativas aumentou de 0,6% para 2,7%.
No entanto, segundo Broder, a adoção de novas ferramentas por empresas de ativos alternativos, como iCapital, não implicaria necessariamente o fim dos portfólios tradicionais de 60/40.
Os conselheiros começam a evoluir suas ideias para um lugar onde um 60/40 pode ser adequado, mas 100% [de ativos] não precisa necessariamente ser investido em mercados públicos”, relatou Broder. Ele acrescentou que os conselheiros podem manter uma proporção de 60/40, enquanto algumas ações são realizadas em mercados privados. “O que temos visto vincular os conselheiros é a mudança da mentalidade de público para privado.”